Morreu na madrugada de hoje aos 84 anos Jô Soares. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 28 de julho. A informação foi confirmada por sua ex-mulher Flávia Pedras nas redes sociais.
A pedido do próprio José Eugênio Soares, a causa da morte não será divulgada, pois ele queria discrição nesse momento. O velório não será aberto ao público.
“Aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida. A vida de um cara apaixonado pelo país aonde nasceu e escolheu viver, para tentar transformar, através do riso, num lugar melhor”, escreveu Flavia.
E continuou: “Viva você meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo. Obrigada para sempre, pelas alegrias e também pelos sofrimentos que nos causamos. Até esses nos fizeram mais e melhores. Amor eterno, sua, Bitika”.
Nascido José Eugênio Soares, Jô nasceu em 16 de janeiro de 1938, no Rio de Janeiro. Ele trabalhou nas emissoras Continental, TV Rio, Tupi, Excelsior, Record, SBT e na Globo.
Depois dos programas voltados ao humor, o artista iniciou sua carreira como apresentador no SBT, com o programa “Jô Soares Onze e Meia”, que foi ao ar entre 1988 e 1999. Logo em seguida, em 2000, foi ao ar, na TV Globo, o talk-show mais famoso do país: o “Programa do Jô”, que ficou no ar por 16 anos.
Destaque na comédia
Antes de se tornar referência como apresentador de um programa de tal-show, Jô já havia se destacado por ser um dos principais comediantes da história do Brasil. Ele participou de programas que marcaram a história, como “A família Trapo” (1966), “Planeta dos homens” (1977) e “Viva o Gordo” (1981).
O artista também escreveu cinco livros e atuou em 22 filmes. Ele é considerado o pioneiro do stand-up.